Estas medidas foram esta tarde anunciadas pelo primeiro-ministro, na abertura de uma sessão dedicada ao Dia Mundial da Ciência, iniciativa que decorreu em Lisboa, no Teatro Thalia, garantindo António Costa que o Governo vai continuar a manter “uma atenção especial” em relação à questão do Ensino Superior, justificando com a “fase difícil” que afeta o funcionamento das instituições, com todas as consequências daí decorrentes na “capacidade de as famílias conseguirem manter os seus filhos a estudar”.Para o líder do executivo socialista, que interveio nesta sessão depois da ministra da Ciência e do Ensino Superior, Elvira Fortunato, para além do reforço de 25 milhões de euros agora anunciado, de um aumento de 10% no apoio a “todas as bolsas” e de mais 5% para estudantes deslocados, haverá ainda lugar a um aumento de “50% para os bolseiros Erasmus”, avançando António Costa que o objetivo deste novo pacote é o de criar “melhores condições” para que mais alunos possam continuar a estudar e que mais instituições do Ensino Superior possam igualmente continuar a desenvolver o seu trabalho de “formação de recursos humanos e de investigação”.Tudo isto para que, em 2030, Portugal possa atingir o investimento de 3% do PIB (Produto Interno Bruto) em investigação e desenvolvimento que, segundo o primeiro-ministro, deverá ser repartido em “dois terços pelo setor privado e um terço pelo setor público”.Qualificação superiorNesta intervenção, o chefe do executivo voltou a lembrar, a propósito da qualificação superior da população, que a meta “ambiciosa do Governo” passa por conseguir que, dentro de oito anos, “60% dos jovens com 20 anos estejam a frequentar o Ensino Superior”, uma medida que António Costa disse querer ver reforçada com “50% da população entre os 30 e os 34 anos de idade” com o ensino superior completo.Quanto “à questão decisiva” do alojamento para estudantes, António Costa lembrou o programa que está no terreno, que vai “permitir que, até 2026, Portugal passe das atuais 15.073 para 26.868 camas”, um aumento de cerca de 78% em relação à atual oferta, como salientou, reconhecendo que perante “um programa tão ambicioso”, o Governo teve de reforçar, com verbas do OE, os 375 milhões de euros disponibilizados pelo PRR.

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