“O ziguezague em que anda o PSD nesta pandemia é absolutamente notável: à segunda-feira querem que o Natal seja todo sem restrições; à terça-feira, que o Natal seja com restrições; à quarta-feira é melhor abrir as fronteiras; à quinta-feira, fechemos as fronteiras; à sexta-feira votamos contra o Orçamento do Estado que ‘dá tudo a todos’; ao sábado pedimos mais apoios para toda a gente; ao domingo rezam para que o diabo apareça e este Governo caia.

É só isto que interessa ao PSD”, lamentou a dirigente socialista no início do debate sobre o Estado da Nação.

Para a líder parlamentar do PS, “o estado da oposição, particularmente do PSD, é não só o estado de negação, como o estado de cansaço e como alguma falta de memória”, falta de memória esta comprovada depois de o deputado social-democrata Adão Silva ter afirmado que o “PSD criou o Serviço Nacional de Saúde (SNS)”. Ora, esta declaração é “extraordinária, porque é facilmente desmentível nas nossas atas. O PS está aqui muito honradamente porque sabe que criou o Serviço Nacional de Saúde”, vincou.

Sobre o SNS, Ana Catarina Mendes lembrou o resultado da governação do PSD: “É sempre a cortar”. Já “desde que o PS é Governo – incluindo na pandemia – foi sempre a aumentar” o investimento no SNS, salientou a socialista, que garantiu que “é assim que se prestigia o Serviço Nacional de Saúde, não a chorar lágrimas de crocodilo”.

“Os problemas do país não interessam ao PSD, porque o PSD festejava, com pompa e circunstância, 14% de taxa de desemprego em Portugal. Hoje temos 7% e nem uma palavra”, sublinhou.

Governo merece uma palavra de agradecimento por tudo o que tem feito pelo país

Em seguida, a presidente do Grupo Parlamentar do PS convidou os social-democratas a conhecer “o país de norte a sul”, visitando as instituições de ensino superior, as empresas, o tecido empresarial, para poderem comprovar que todo o “país se soube reinventar, resistir, mobilizar”, sendo que “os portugueses não tiveram medo e estão a combater esta crise”.

Ora, “a conclusão é que o Estado não falhou”, assegurou Ana Catarina Mendes, que explicou porquê: “O Estado não falhou quando garantiu três milhões de postos de trabalho com as medidas do ‘lay-off'”, enquanto o PSD e o CDS “destruíram postos de trabalho na anterior crise”; “o Estado não falhou quando entregou apoios às empresas para que resistissem num tempo recorde, sem precedentes”, com “mais de 11 mil milhões de euros de apoios ao nosso tecido empresarial”; “o Estado não falhou quando às pessoas que mais precisavam, mesmo aquelas que não tinham nunca descontado para a Segurança Social, lhes criámos uma nova prestação social, porque há mínimos de dignidade que é preciso ter em todos os momentos; o Estado não falhou quando, na Europa, lutou por um Plano de Recuperação e Resiliência”, enquanto PSD e CDS “lutaram para cortar 600 milhões de pensões”.

Por todos estes motivos, “é devida uma palavra de agradecimento ao Governo por tudo o que tem feito pelo país”, considerou.

Ana Catarina Mendes recordou que o Partido Socialista e o Governo iniciaram o futuro no ano de 2015, o que foi essencial para responder à crise pandémica. “Foi por isso que foi possível investir nos serviços públicos, foi por isso que foi possível melhorar a nossa economia e já ninguém se lembra – porque esta pandemia nos assaltou a todos de uma forma absolutamente dramática – que quando esta pandemia nos assaltou, nós tínhamos o melhor défice de sempre da história, nós tínhamos excedente orçamental, tínhamos crescimento económico e estávamos a criar mais postos de trabalho”, mencionou.

O Grupo Parlamentar do Partido Socialista “está ao lado do Governo” para “responder à emergência e continuar aquilo que iniciámos em 2015, reafirmámos e os portugueses confiaram em 2019 – melhor justiça social, mais emprego, melhores rendimentos, melhores condições de vida para todos os portugueses”, concluiu Ana Catarina Mendes.

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